quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Bombeiros detidos vão responder por crime militar


Eles desobedeceram à ordem de deixar a entrada do Palácio Guanabara



A assessoria da Defesa Civil informou na manhã desta quarta-feira (14) que o cabo Benevenuto Daciolo e o capitão Alexandre Marquesine, detidos na frente do Palácio Guanabara, em Laranjeiras, na zona sul do Rio, vão responder por crime militar por desobediência. Os dois são líderes dos movimentos por melhores condições de trabalho para os bombeiros.
A corporação disse que tentou negociar com os dois líderes a saída de manifestantes da entrada da sede do Governo, mas eles não acataram o pedido e foram presos.
Eles estão detidos no Grupamento Especial Prisional dos Bombeiros, em São Cristovão, zona norte da cidade. 
Os manifestantes programaram uma marcha da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio), no centro do Rio, até o Palácio Guanabara nesta manhã. Caso o protesto seja feito, o trânsito ficará complicado no trajeto.
Prisão
A prisão aconteceu quando um grupo de bombeiros acampava no Palácio Guanabara em forma de protesto. O objetivo era que os representantes fossem recebidos pelo governador do Rio, Sérgio Cabral.
Policiais de vários batalhões reforçaram o patrulhamento no entorno do palácio. A rua de acesso ao local ficou interditada.
Após a prisão dos dois representantes da categoria, os bombeiros foram para porta da Alerj (Assembleia legislativa do Rio) para decidir as próximas ações do grupo.
As reivindicações dos bombeiros são as mesmas desde abril, quando mais de 400 homens da corporação invadiram o Quartel Central. Eles querem piso salarial de R$ 2.000 líquidos, fim das gratificações e auxílio transporte em valor que atenda a real necessidade de deslocamento e para todos os militares.
Invasão do Quartel
Cerca de 2.000 bombeiros acompanhados de mulheres e crianças iniciaram uma manifestação na tarde de 3 de junho, em frente à Alerj, por melhores salários e condições de trabalho. Por volta das 20h, eles ocuparam o Quartel Central e passaram toda a madrugada lá.
Às 6h do dia 4 de junho, a Polícia Militar invadiu o local. Algumas pessoas tiveram ferimentos leves. Mais de 400 bombeiros foram presos.
Visivelmente irritado, o governador Sérgio Cabral exonerou o comandante-geral do Corpo de Bombeiros e disse que não negocia com "vândalos" e "irresponsáveis".
A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado aprovou, no dia 22 de junho, projeto de lei que anistia os bombeiros do Rio punidos pelo governo do Estado.

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