sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Polícia faz perícia em sede da UPP da Rocinha à procura de Amarildo

Peritos usaram luminol para tentar detectar vestígios de sangue.
Divisão de Homicídios ouviu novos depoimentos no caso.

Do G1 Rio
A Divisão de Homicídios (DH), que assumiu a investigação do desaparecimento do pedreiro Amarildo de Souza, ouviu depoimentos de testemunhas e fez uma perícia na sede da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha, na Zona Sul do Rio, nesta sexta-feira (2), como mostrou o RJTV.
Peritos usaram luminol – sustância química que permite encontrar vestígios de sangue, mesmo que o local tenha sido limpo  – na sede da UPP. No entanto, o resultado do exame não foi divulgado.
Mais de dez pessoas prestaram depoimento na delegacia, entre elas, a mulher e filhos de Amarildo de Souza. O ajudante de pedreiro foi visto pela última vez no dia 14 de julho. Segundo a Polícia Militar, ele foi detido, levado para a sede da UPP e liberado depois da averiguação.

Os investigadores querem saber o motivo de os aparelhos de GPS dos carros da UPP, e duas câmeras de segurança da comunidade não estarem funcionando no do desaparecimento de Amarildo. Policiais tentam encontrar imagens de câmeras de prédios e de pontos comerciais de São Conrado que possam ajudar a esclarecer o caso.
Na quinta-feira (1º), moradores da Rocinha fizeram uma passeata para cobrar uma resposta sobre o caso e criticaram a ação da PM. No Leblon, o grupo se juntou a manifestantes que acampam próximos à casa do governador Sérgio Cabral.
Em Brasília, a ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, considerou a polícia como a principal suspeita do crime. Em resposta à declaração, o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, afirmou que é prematuro apontar culpados já que a investigação ainda está em curso.
GPS não funcionava
Depois de descobrir que as câmeras que ficam em frente à UPP estavam com defeito, a Polícia Civil informou que os aparelhos de GPS dos carros da PM da Rocinha também não estavam funcionando no dia em que o pedreiro sumiu, no dia 14 de julho. As informações são do Bom Dia Rio.
No início da noite de quinta-feira (1º), dois filhos de Amarildo de Souza prestaram depoimento na Divisão de Homicídios, que assumiu a investigação. Mais cedo, eles se reuniram com o Procurador Geral de Justiça, o promotor do caso e o delegado da Divisão de Homicídios.
“Nós estamos alinhados com o Ministério Público para procurar a maneira mais rápida para que nós possamos dar uma resposta satisfatória à família, a comunidade e toda a sociedade”, afirmou o delegado Rivaldo Barbosa.
“Na reunião desenvolvemos uma relação de confiança com a família, para obter maior numero de informações possíveis, e em termos de proteção da família na comunidade”, disse o promotor Homero Freitas.
O procurador-geral de Justiça afirmou que dois celulares encontrados na Rocinha, antes do desaparecimento de Amarildo, podem ajudar no trabalho da polícia. Um caiu do bolso de um traficante e o outro estava com um casal, que fugiu de uma abordagem policial.
“A partir dos quais algumas comunicações se fizeram e isso tem notória ligação com o desaparecimento”, contou Marfan Vieira, procurador-geral de Justiça.
As investigações já mostraram que as câmeras que monitoram a movimentação na entrada e na saída da sede da UPP da Rocinha quebraram no dia em que o ajudante de pedreiro foi levado até lá. Policiais fizeram uma outra revelação: os aparelhos de GPS dos carros da UPP também estavam inoperantes no dia do desaparecimento de Amarildo.
O secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, esteve na delegacia e falou sobre os problemas nas câmeras e no GPS.
“Tenham certeza que está indo para dentro da investigação efetivamente pra ver a motivação, se foi sem dúvida uma falha técnica, se há um laudo que diga que estes defeitos aconteceram não em decorrência do evento e sim por uma outra motivação. Existem várias hipóteses, não são poucas possibilidades, estes caminhos todos eles serão refeitos e exauridos, até que se cheguem nas hipóteses mais evidentes, não é?”, afirmou a José Mariano Beltrame, secretário estadual de segurança.


quarta-feira, 31 de julho de 2013

Delegada culpa fábrica de bebida por rompimento de adutora da Cedae

Polícia aguarda resultado de perícia para decidir se vai indiciar Guaracamp.
Menina de 3 anos morreu e 16 pessoas ficaram feridas no acidente.

Henrique Coelho Do G1 Rio

Delegada visitou a obra nesta quarta, mas perícia ficou para quinta-feira (Foto: Henrique Coelho / G1)
Delegada visitou a obra nesta quarta, mas perícia ficou para quinta-feira
(Foto: Henrique Coelho / G1)
A Polícia Civil informou nesta quarta-feira (31) que aguarda o resultado da perícia para decidir se vai indiciar por homicídio culposo e crime ambiental os donos da fábrica da Guaracamp e da R&G projeto, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio. As empresas, segundo a delegada assistente da 35ª DP (Campo Grande), Tatiane Damaris, tinham ciência da existência da adutora da Cedae, que se rompeu nesta terça-feira (30) e causou a morte de Isabela Severo da Silva, de 3 anos, e deixou 16 feridos, mas passaram pelo caminho onde fica a tubulação com maquinário pesado e depositaram entulho no local.

Delegada mostrou a planta do projeto (Foto: Henrique Coelho / G1)
Delegada mostrou a planta do projeto (Foto:
Henrique Coelho / G1)



"A causa do rompimento da adutora foi a utilização de maquinário pesado e os depósitos de entulho no caminho da adutora", disse a delegada. "Por atuação incorreta e negligência, pode-se dizer que esses fatores foram responsáveis pelo rompimento da adutora."
A delegada tem quase como descartada a responsabilidade da Cedae no incidente, mas declarou já ter oficiado um pedido para ouvir os diretores da companhia ainda esta semana. Tatiane visitou a obra na tarde desta quarta-feira, mas a perícia feita engenheiros do Instituto de Criminalística Carlos Éboli será realizada na manhã desta quinta.
O crime de homicídio culposo seria a morte de Isabela. A morte, segundo o laudo cadavérico, ocorreu por afogamento. O crime ambiental, de acordo com a delegada, foi em maio de 2013, quando várias árvores da região foram cortadas para recapeamento.
Os diretores da Guaracamp haviam prometido aparecer na 35ª DP à tarde, mas não foram. Eles serão novamente chamados nesta quinta-feira. Caso não respondam, os diretores receberão um mandado de condução judicial. Procurada pelo G1, a empresa disse que vai se pronunciar.
Também está marcado o depoimento dos diretores de engenharia da R&G Projetos para as 11h desta quinta-feira (1º).
Apesar de funcionários da Guaracamp terem dito que as obras no terreno não seriam da empresa, a delegada encontrou as plantas na manhã desta segunda, que dizem claramente que o terreno pertence à empresa. "As adutoras, inclusive, são mencionadas na planta", disse ela, que garantiu ainda estar investigando se existia autorização para o projeto.
As informações foram colhidas também por depoimentos de 12 moradores até as 17h desta quarta, além de sete feridos no rompimento da adutora. "Há sinais também de rodas de máquinas pesadas e de depósitos de entulho no caminho da adutora, o que comprova o depoimento dos moradores" disse a delegada. "Não se entende o porquê, mesmo sabendo da existência da adutora, utilizar esse maquinário pesado exatamente por esse caminho", explicou.
Enterro izabela campo grande (Foto: Alba Valéria Mendonça/G1)
Isabela foi enterrada nesta quarta (Foto: Alba
Valéria Mendonça/G1)
Em clima de comoção e revolta, o corpo da menina Isabela foi enterrado na manhã desta quarta, no cemitério de Campo Grande. No enterro, os pais da menina não quiseram falar com a imprensa. A professora de Isabela, Ana Claudia de Lima Santos Rodrigues, da Creche Municipal Sonho Feliz, contou que conhecia a criança há dois anos.
"Ela era muito feliz e muito amada. Não sei com vou contar para os coleguinhas que Isabela não vai estar mais com a gente." disse Ana, lembrando que as aulas recomeçam nesta quinta-feira.
Na terça, muito abalado, Fernando dos Santos, pai da criança, disse que ficou sabendo do ocorrido pela TV. "Eu vi o que tinha acontecido pela televisão. Quando eu e meu irmão fomos ver, soubemos que ela [Isabela] tinha ficado presa. Eles [bombeiros] tentaram reanimá-la o tempo todo, mas ela não aguentou. Minha filha ia fazer 4 anos no dia 17 de agosto. Ela era uma criança maravilhosa", disse o auxiliar de farmácia.
"A mãe dela contou que encheu tudo. Os vizinhos ajudaram e tentaram passar pelo muro, mas ele caiu", completou Fernando.
Casas destruídas
O rompimento ocorreu por volta das 6h na altura do número 4.500 da Estrada do Mendanha. Casas e carros ficaram destruídos com a força da água, lançada em um jato que alcançou 20 metros, de acordo com Marcos Djalma, tenente do Corpo de Bombeiros.
Ao todo, segundo a Defesa Civil municipal, a inundação deixou 70 desalojados e 72 desabrigados. Dezessete casas desabaram. As famílias foram levadas para dois hotéis, com custos pagos pela Cedae. Dois inquéritos foram abertos para investigar o rompimento.
Adutora se rompeu em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio (Foto: Reprodução/TV Globo)
Imagem mostra jato d'água formado com rompimento da adutora no Rio
(Foto: Reprodução/TV Globo)

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Papa posa para foto com policiais militares

Antes, pontífice se encontrou com jovens argentinos na Catedral Metropolitana
Policiais são responsáveis pela escolta do pontífice pelas ruas da cidade / Marcio Campos
Policiais são responsáveis pela escolta do pontífice
pelas ruas da cidade
Marcio Campos
Após deixar a Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro, onde se encontrou com jovens argentinos, o papa Francisco levantou uma bandeira do seu país, foi ovacionado e, em seguida, se dirigiu até um grupo de policiais militares. Os oficiais foram abençoados e ainda tiraram uma foto com o pontífice – o encontro foi registrado pelo repórter Marcio Campos, da Band.

Os 14 policiais que posaram com o papa pertencem ao GTM (Grupamento Tático Motorizado) do Batalhão de Choque da Policia Militar do Rio de Janeiro. Eles são responsáveis pela escolta do pontífice pelas ruas da cidade.


No encontro com os jovens argentinos, Francisco chegou a dizer que queria estar mais perto dos peregrinos. “Mas, por protocolo de segurança, preciso estar mais afastado”, declarou o papa.

terça-feira, 23 de julho de 2013

Campus Fidei realiza últimos preparos

Com cerca de 75 metros de altura, o palco já está montado e tem capacidade para receber 750 convidados
Redação Rio / Bandnews Fluminense FM
Uma cruz de 33 metros de altura e duas armações de ferro, que lembram a posição de duas mãos orando, fazem parte da estrutura do palco / Christophe Simon/AFP
Uma cruz de 33 metros de altura e duas armações de ferro, que
lembram a posição de duas mãos orando, fazem parte da estrutura
do palco
Christophe Simon/AFP


Há poucos dias da visita do Papa ao
Campus
Fidei, onde acontece a vigília e a missa no final de semana, o local passa pelos últimos reparos para receber os cerca de um 1,5 milhão de fiéis durante os dois dias de evento. Fora do local reservado para os peregrinos, moradores do bairro de Guaratiba, na zona oeste, comemoram as melhorias na região por conta da vinda do Pontífice.
Vizinha do Campus Fidei e com uma vista privilegiada para o local, a cabeleireira Claudia Pereira sonha em ver o Papa Francisco ainda mais de perto. Ela é uma das moradoras convidadas para trabalhar na limpeza do evento.

Segundo levantamento feito antes da Jornada Mundial, a urbanização das vias de acesso ao Campus Fidei, em Guaratiba, e a limpeza e dragagem do Rio Piraquê são parte dos R$ 26 milhões investidos pelo município no evento.

Com cerca de 75 metros de altura, o palco já está montado e tem capacidade para receber 750 convidados. Uma cruz de 33 metros de altura e duas armações de ferro, que lembram a posição de duas mãos orando, fazem parte da estrutura.



Divulgação AFP
 

O terreno de mais de um milhão de metros quadrados foi dividido em 32 lotes. Os quatros localizados mais perto do Papa serão destinados para o clero, autoridades e deficientes. Os outros serão preenchidos pelos fiéis por ordem de chegada.
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terça-feira, 16 de julho de 2013

Abin avalia que manifestações podem ser 'fonte de ameaça' à JMJ

Alerta vermelho aponta 'grupos de pressão' como preocupação para evento.
Incidentes de trânsito, criminalidade e terrorismo também são monitorados.

Priscilla Mendes Do G1, em Brasília


O general José Elito Siqueira, chefe do GSI, explica atividades da Abin para monitorar Jornada Mundial da Juventude (Foto: Elza Fiúza/ABr)
O general José Elito Siqueira, chefe do GSI, explica
atividades da Abin para monitorar Jornada Mundial
da Juventude (Foto: Elza Fiúza/ABr)
A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) avalia que as manifestações de grupos de pressão – protestos espontâneos da sociedade, como os ocorridos em todo país no mês de junho –, configuram uma “fonte de ameaça” à Jornada Mundial da Juventude. O evento reunirá milhares de jovens católicos de vários lugares do mundo de 23 a 28 de julho, no Rio de Janeiro.

A avaliação da Abin consta em um painel de monitoramento do Centro de Inteligência Nacional, na sede da agência em Brasília, que foi aberta nesta terça-feira (16) para visitação de jornalistas a convite do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). O painel mostra seis “fontes de ameaça” à realização da jornada no Rio de Janeiro: incidentes de trânsito, crime organizado, organizações terroristas, movimentos reivindicatórios, grupos de pressão e criminalidade comum.
O item “grupos de pressão” é o único classificado pela agência com nível vermelho de alerta. “Diante das ações dessa fonte percebidas no país nos últimos meses, associadas às ações internacionais relacionadas a grandes eventos desse teor, considerou-se tendência de manifestação positiva durante o evento”, informa o painel.

Os “movimentos reivindicatórios”, que são protestos organizados de determinadas categorias, receberam alerta laranja. A Abin reconhece os recentes atos de caminhoneiros e de médicos – que se posicionaram contra o veto parcial da presidente Dilma Rousseff ao Ato Médico e a medida provisória que institui o programa “Mais Médicos”.
A agência avalia que “apesar de iniciativas de caminhoneiros, médicos e sindicatos variados promovendo manifestações/greves nas últimas semanas, não há subsídio suficiente para estabelecer tendência para esta fonte de ameaça”, segundo consta no painel do Centro de Inteligência Nacional.

O diretor do Departamento de Integração do Sistema Brasileiro de Inteligência, Carlos Ataídes, explicou que o painel é abastecido diariamente com informações vindas das centrais regionais de inteligência de todo o país. “Quando chega uma informação nova, ela é relatada e atualizada ali no painel. Ela aumenta, diminui, conforme a intensidade da situação que está sendo acompanhada”, disse o diretor.



'Naturalidade'
Apesar de a Abin reconhecer o risco das manifestações durante a jornada, o ministro do GSI, José Elito Siqueira, afirmou que esses protestos “não serão problema absolutamente”. “A manifestação são coisas que temos que encarar com total naturalidade e, claro, olhar, acompanhar para evitar que aquelas manifestações tenham uma repercussão a ponto de prejudicar um grande evento. Isso não vai acontecer”, afirmou.

“Acho que com essa prevenção, os planejamentos integrados como estamos e com uma inteligência também integrada a esse plano de segurança, acho que vai tudo correr muito bem”, declarou o ministro, que negou que o Estado coibirá as manifestações. “Pelo contrário, o que temos que fazer, claro, é apoiar”.

O ministro José Elito disse que o trabalho de criptografia das informações analisadas pela Abin é de “altíssimo nível” e que o sistema de inteligência integrada utilizado pelos ministérios da Defesa e da Justiça tem dado “bons resultados”. “Isso dá uma segurança bastante grande”, declarou.

O ministro afirmou que reuniões setoriais e periódicas vêm sendo feitas para que o governo não seja surpreendido em caso de ação terrorista, por exemplo. Elito, porém, não detalhou medidas preventivas. “Não se pode perguntar o que vai fazer, ter dúvidas do que vai fazer, por isso que bem antes de ter o evento já estávamos com os planejamentos sendo preparados, várias reuniões setoriais, várias reuniões preparatórias, para que não sejamos surpreendidos”, afirmou.
Painel de monitoramento do Centro de Inteligência Nacional da Abin, em Brasília (Foto: Priscilla Mendes/G1)
Painel de monitoramento do Centro de Inteligência
Nacional da Abin, em Brasília (Priscilla Mendes/G1)
Papa
O ministro do GSI, José Elito, disse que as análises de risco foram feitas com quase um ano de antecedência, principalmente no Rio de Janeiro. A Abin também monitora a cidade de Aparecida do Norte, em São Paulo, onde o Papa Francisco rezará uma missa na manhã de 24 de julho.
“Não é o caso de detalharmos coisas mais operacionais, mas não é uma análise de risco de apenas um ponto, é uma análise de toda a jornada como foi da Copa das Confederações.
E não só nos dias da jornada, mas também em dias antes, durante e depois desses grandes eventos”, explicou o ministro.

A Abin atuará em conjunto com as equipes de inteligência do Vaticano durante a estada do Papa no Brasil, de acordo com o ministro. Missões precursoras da sede da igreja católica já estiveram no Rio de Janeiro e em São Paulo para traçar linhas de ação diante de situações hipotéticas que podem ocorrer durante a visita do pontífice.

O ministro afirmou que, diante da decisão do Papa Francisco de usar um carro aberto durante seus trajetos pelo Rio de Janeiro, será necessário adotar medidas preventivas mais cuidadosas. O pontífice optou por utilizar jipes abertos, diferentemente do modelo tradicional do papamóvel, fechado e blindado. Os dois jipes, um branco e um verde, chegaram nesta segunda-feira ao Rio de Janeiro.

“Claro que as medidas preventivas têm de ser muito mais cuidadosas, detalhadas, mas se ele tem esse desejo e está sendo assim colocado, então certamente está se olhando minuciosamente o que pode ser feito para evitar uma situação qualquer constrangedora ao Papa”, afirmou Elito.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Protestos bloqueiam cais de Paraty durante evento da Flip

Manifestação reuniu cerca de 100 manifestantes, entre barqueiros, estudantes e moradores de comunidades quilombolas, indígenas e caiçaras; maioria protesta contra a concorrência das escunas

A igreja de Santa Rita é um dos cartões-postais de Paraty
Barqueiros reclamam da concorrência das escunas, que levam mais passageiros e cobram preços mais baixos
PUBLICADO EM 06/07/13 - 15h03

Um protesto na manhã deste sábado, 6, reuniu cerca de cem manifestantes, a maioria barqueiros, e bloqueou o cais de Paraty. Havia também estudantes e representantes do Fórum das comunidades tradicionais - quilombolas, indígenas e caiçaras. Entre as reclamações, a concorrência das escunas, que levam mais passageiros e cobram preços mais baixos, valores que os donos de barcos pequenos dizem ser impossível de acompanhar. A segurança do cais e a preservação ambiental também foram lembradas.

A segurança foi reforçada. Segundo o tenente coronel Schalioni, comandante do 33.º batalhão, 50 policiais estão na cidade - sem os protestos, seriam 12. "Estamos com a força de choque embarcada num ônibus, mas esperamos não precisar usar", disse. Do cais, os moradores sairiam para uma passeata com paradas na rodoviária, Câmara dos vereadores, tenda da Flip e prefeitura, onde entregariam um manifesto ao prefeito Casé.

"Todo mundo tem o direito de protestar, mas existe também o direito de ir e vir. Tem momentos em que quero ir a uma passeata, como fiz no Rio, mas tem outros em que quero usufruir do meu direito de lazer", protestou a professora carioca Carmen Teresa Elias. Ela está na cidade para participar da Flip e aproveitaria a manhã de hoje para um passeio pelas ilhas da região, mas foi impedida por causa do protesto.

"Se você comprou passagem, volte para a pousada e peça seu dinheiro de volta", gritava um dos manifestantes, orientando os turistas. E repetia a frase em inglês. "O cais está fechado para a segurança de vocês", explicou.

Um grupo de visitantes que veio de Fortaleza para o festival literário também teve o passeio frustrado. "O protesto é justo. Se perdermos o passeio, tudo bem. Mas desde que devolvam o dinheiro", disse a psicóloga Socorro Abreu. Já a professora Ana Célia compreendeu que se tratava da "sobrevivência dos nativos da região". E disse: "As reivindicações são legítimas e o protesto tem que ser respeitado".

Esta é a terceira manifestação realizada em Paraty nas últimas semanas. Os protestantes já conseguiram a diminuição no preço da passagem de ônibus, de R$ 3,70 para R$ 3,40, mas ainda esperam chegar a uma tarifa na casa dos R$ 2. Hoje, no entanto, a pauta era mais ampla: segurança, melhores condições de saúde e educação e maior fiscalização e reformas no cais, um dos principais pontos turísticos da cidade.

Os manifestantes encontraram neste sábado de Flip, tradicionalmente o dia mais cheio do evento, um importante palco E sobrou também para o evento: "Na cidade da Flip, as crianças não sabem ler", disse um dos participantes. Outro morador reclamou que a única mesa do evento destinada à população - que é grátis e geralmente debate questões relacionadas a políticas públicas para cidades - é realizada num dia de semana em horário comercial. "Como vamos participar?", disse o barqueiro. Laura Maria, única pessoa que quis se identificar, moradora do quilombo Campinho da Independência, pediu que a Flip pensasse mais no povo da cidade. "Ficamos na rebarba da Flip. O paratiense só trabalha para o evento, mas queremos nossa juventude nos debates."

terça-feira, 9 de julho de 2013

Com chegada da JMJ, Rio ganha estátua do Papa Francisco

Pontífice estará no Brasil durante a Jornada Mundial da Juventude.
Monumento está exposto em frente ao Teatro Municipal, no Centro.
Do G1 Rio

Uma estátua do Papa Francisco, em frente à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), chama a atenção dos curiosos que passam por ali. O Pontífice virá para o Rio de Janeiro durante a Jornada Mundial da Juventude, que acontece entre os di (Foto: Marcelo Fonseca/Brazil Photo Press/Estadão Conteúdo)
Uma estátua do Papa Francisco, em frente Theatro Municipal do Rio de Janeiro, chama a atenção dos curiosos que passam por ali. O Pontífice virá para o Rio de Janeiro durante a Jornada Mundial da Juventude, que acontece entre os dias 23 e 28 de julho. No dia 29 de junho, uma escultura em tamanho real, feita de fibra de vidro e resina, foi inaugurada em Buenos Aires (Foto: Marcelo Fonseca/Brazil Photo Press/Estadão Conteúdo)