segunda-feira, 8 de julho de 2013

MP-RJ vai investigar uso de helicópteros por Cabral

Viagens do governador do Rio custariam cerca de R$ 3,8 milhões por ano ao estado. Família ainda usa aeronaves nos finais de semana

Clarissa Thomé, Marcelo Gomes e Ricardo Della Coleta, do

Agência Brasil
Governador Sérgio Cabral gesticula durante entrevista
Governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral: rotina do político foi revelada à Veja por pelo menos dois pilotos e um funcionário do heliponto do Estado, que não foram identificados
Rio e Brasília - O Ministério Público do Rio instaurou procedimento para apurar se há irregularidades na utilização de helicópteros da frota oficial do Estado pelo governador Sérgio Cabral (PMDB). O procurador-geral de Justiça, Marfan Martins Vieira, vai oficiar a Secretaria Estadual da Casa Civil, requerendo informações sobre o uso das aeronaves pelo governador e por sua família.
Reportagem da revista "Veja" desta semana mostrou que o luxuoso modelo Agusta AW 109 Grande New, adquirido em 2011 por US$ 9,7 milhões (equivalente a R$ 15,2 milhões à época), é utilizado aos fins de semana pelo governador e por sua família.
Às sextas, a aeronave levaria a primeira-dama, Adriana Ancelmo, os filhos do casal, as babás e até o cachorro da família para Mangaratiba, no litoral sul do Estado, onde Cabral tem uma mansão. O governador vai para Mangaratiba aos sábados. Aos domingos, o helicóptero faz dois voos de volta ao Rio: no primeiro viajam Cabral e a família; os empregados são transportados no segundo.
A rotina foi revelada à Veja por pelo menos dois pilotos e um funcionário do heliponto do Estado, que não foram identificados. Outro funcionário do heliponto ouvido pela reportagem confirmou as informações.
Cabral utiliza diariamente helicópteros oficiais para trabalhar, apesar de a distância entre seu apartamento, no Leblon, e o Palácio Guanabara, sede administrativa do governo do Estado, em Laranjeiras, ambos na zona sul do Rio, ser de apenas dez quilômetros.
A distância entre o palácio e o heliporto do Estado, na Lagoa Rodrigo de Freitas, é ainda menor: 7 quilômetros. Ainda segundo a revista, os voos de Cabral e sua família custam R$ 2,8 milhões aos cofres públicos por ano.


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