quarta-feira, 6 de março de 2013

RJ registra mais de 9.000 raios em três horas de tempestade

Segundo o Inpe, capital registou recorde no ano, com 2.149 raios durante o temporal

Do R7Alessandro Buzas / Estadão Conteúdo
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Raios cortaram o céu da cidade; Rio de Janeiro chegou a entrar em alerta

O Rio registrou a ocorrência de 9.079 raios durante a tempestade que atingiu o Estado na noite de terça-feira (5), informou o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). O temporal deixou pelo menos quatro mortos, além de alagar ruas e avenidas e deixar bairros inteiros sem luz.
Com 2.149 descargas elétricas em três horas de chuva, a capital fluminense bateu o recorde de incidência de raios por dia deste ano. No Complexo do Alemão, zona norte, um barraco pegou fogo após ser atingido por um raio. O mau tempo também interrompeu a circulação do teleférico que atende aos moradores do conjunto de 13 favelas. O serviço só foi normalizado por volta das 11h desta quarta-feira (6).
Segundo o Inpe, nos primeiros cinco dias de março, foram registrados 5.232 raios na cidade — 3.840 a mais que no mesmo período do ano passado. De acordo com a prefeitura, a quantidade de chuva que caiu sobre o Rio foi equivalente a 70% do esperado para todo este mês.
Em Jacarepaguá, zona oeste, um homem morreu após ser atingido pela queda de uma árvore. O Corpo de Bombeiros, no entanto, informa que a vítima teve um mal súbito. Na zona sul, duas mulheres morreram eletrocutadas no Catete e Largo do Machado.
Bombeiros ainda procuram por um adolescente que desapareceu ao cair em córrego no bairro de Cordovil, na zona norte carioca. Em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, um idoso foi atingido por um muro e não resistiu.
Sirenes foram acionadas em mais de 20 favelas
A Defesa Civil do Rio acionou as sirenes de alerta para deslizamentos e enxurradas em mais de 20 comunidades cariocas durante o temporal da noite de terça-feira.  Segundo o Centro de Operações, os moradores de favelas do centro, zonas norte e sul tiveram que deixar suas casas quando os alarmes soaram por volta das 20h.
As sirenes são acionadas quando há pelo menos o registro de 40 mm de chuva em uma hora, o que pode deixar as encostas vulneráveis a deslizamentos.
A chuva também inundou trilhos do metrô na estação Saens Pena e paralisou duas estações de trem, Penha Circular e Olaria, no ramal Saracuruna, por causa da quantidade de lixo nos trilhos.
Até o início da manhã desta quarta-feira, muitos bairros de várias regiões do Rio e da Baixada Fluminense ainda estavam sem fornecimento de energia.
O temporal também causou transtornos nas cidades da região serrana, onde as chuvas deixaram mais 900 mortos e centenas de desaparecidos em 2011. Os municípios chegaram a entrar em alerta máximo para a possibilidade de transbordamento dos rios. Em Petrópolis, o rio Quitandinha subiu e alagou ruas, mas, na manhã desta quarta, a situação já estava normalizada.

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