terça-feira, 15 de novembro de 2011

Para tentar aproximação, comando da PM se reúne com moradores da Rocinha e Vidigal nesta segunda-feira


Prefeitura também fará plano de serviços para as comunidades
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Os comandantes do Batalhão de Choque e do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) vão se reunir nesta quarta-feira (15), com os moradores das comunidades da Rocinha e Vidigal, na zona sul do Rio de Janeiro, que estão em processo de ocupação desde o último domingo (13) para a instalação de uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora). O objetivo da reunião é aproximar os moradores do comando, para que eles relatem possíveis queixas e façam denúncias sobre a presença de criminosos nas favelas.
De acordo com o coronel Frederico Caldas, do setor de relações públicas da PM, informou que além dos comandantes dos batalhões, representantes do CPP (Comando de Polícia Pacificadora) também devem estar presentes na reunião.
- Essa é a primeira vez que o CPP participa destas reuniões antes da instalação da UPP. Antigamente o Bope entrava e tinha um tempo de controle, para que a CPP entrasse. Ele vai participar desse processo juntamente com o Bope, para já ir vivenciando o cotidiano da comunidade.
O prefeito Eduardo Paes (PMDB) também vai se reunir para definir os rumos da Rocinha e Vidigal. Ele e secretários municipais vão definir prioridades e elaborar um plano de ação coordenado pós-pacificação.
Desde segunda-feira (14), homens da prefeitura estão na Rocinha e no Vidigal com uma série de ações de retomada dos serviços básicos nestas comunidades. Garis da Comlurb já realizam coleta de lixo e varrição de ruas no intuito de estabelecer uma nova rotina de limpeza. A partir desta quarta-feira (16), uma força-tarefa formada por cerca de 300 homens começa a trabalhar nas comunidades da Rocinha, Vidigal e Chácara do Céu nos serviços de conservação de ruas, manutenção da iluminação pública (com identificação de áreas apagadas) e intensificação da limpeza urbana. Agentes da CET-Rio (Companhia de Engenharia de Tráfego) também vão participar da operação.
Até a noite de terça-feira (14), as forças de ocupação encontraram 129 armas de fogo, incluído 73 fuzis, na noite desta terça-feira (15) durante varredura nas comunidades da Rocinha, Vidigal e Chácara do Céu, na zona sul do Rio de Janeiro. A região está ocupada desde a madrugada de domingo (23h).

Sem confrontos ou feridos, as polícias ocuparam as comunidades da Rocinha, do Vidigal e da Chácara do Céu, todas na zona sul do Rio de Janeiro. A operação, que contou com apoio de blindados da Marinha e de agentes federais, durou apenas duas horas e completou a pacificação de todas as favelas da zona sul carioca. 

Ao todo, mais de 350 kg de drogas (maconha, cocaína, pasta de cocaína, crack e esctasy), 23 mil munições, 148 explosivos (bombas caseiras, granadas e rojões) e 510 carregadores foram apreendidos nestes locais.

Além das drogas e armas, também foram recolhidas quase 150 motos roubadas ou irregulares, cerca de 20.000 mídias piratas (CDs e DVDs), 51 cartões de crédito e cem cartões para clonagem, 62 máquinas de caça-níqueis e 47 rádios transmissores.

A polícia também foi responsável em desmontar três centrais de “gatonet” (TV a cabo clandestina).

Varredura na comunidade 
Até a inauguração da nova UPP, que ainda não tem data oficial definida, o Bope fará uma extensa varredura à procura de drogas, armas e de criminosos que estejam escondidos na comunidade, que sofreu por quase 40 anos sob o domínio do tráfego de drogas.

 O Disque-Denúncia recebe 612 ligações sobre criminosos


De acordo com o sargento Marco Antonio Gripe, porta-voz do Bope, na segunda-feira os policiais checaram informações que já haviam sido mapeadas pelo Serviço de Inteligência da Secretaria de Segurança do Estado, e também enviadas por bilhetes pela população.

- Após a retomada, sem o disparo de nenhum tiro, a noite foi tranquila. Vamos continuar aqui até a chegada da UPP fazendo o nosso trabalho. A colaboração da população é essencial. Eles são parte fundamental nesse processo de paz na comunidade e eles já entenderam isso. 

Instalação da UPP
O Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) vai permanecer na comunidade da Rocinha, em São Conrado, zona sul do Rio de Janeiro, pelos próximos 60 dias, até a instalação da 19ª UPP (Unidade de Polícia Pacificadora). A informação foi dada pelo sargento Marco Antonio Gripp, porta-voz da corporação. 

Até a inauguração da nova UPP, que ainda não tem data oficial definida, o Bope fará uma extensa varredura a procura de drogas, armas e de criminosos que estejam escondidos na comunidade, que sofreu por quase 40 anos sob o domínio do tráfego de drogas.

De acordo com o sargento, nesta segunda-feira os policiais checam informações que já haviam sido mapeadas pelo Serviço de Inteligência da Secretaria de Segurança do Estado, e também enviadas por bilhetes pela população. 

- Após a retomada, sem o disparo de nenhum tiro, a noite foi tranquila. Vamos continuar aqui até a chegada da UPP fazendo o nosso trabalho. A colaboração da população é essencial. Eles são parte fundamental nesse processo de paz na comunidade e eles já entenderam isso.

O Bope se surpreendeu com a quantidade de denúncias feitas pela população da comunidade em pouco mais de 30 horas de ocupação. Além de denúncias, um grande número de bilhetes com agradecimentos chegou às mãos dos representantes da corporação. 

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