quinta-feira, 8 de julho de 2010

Bruno e Macarrão estão presos em Bangu 2

A Justiça ainda não autorizou a ida deles para Minas Gerais

Fernando Soutello / Agência Estado
Foto:Agência Estado
Goleiro e amigo foram transferidos em um camburão da Polícia Civil

O goleiro suspenso do Flamengo, Bruno Fernandes, e o amigo dele Luiz Henrique Ferreira Romão, conhecido como Macarrão, chegaram pouco antes das 15h desta quinta-feira (8) ao complexo penitenciário de Gericinó, na zona oeste do Rio de Janeiro, onde ficarão presos na penitenciária Alfredo Trajan (Bangu 2).

Desde esta quarta-feira (7), eles, que são suspeitos no sumiço de Eliza Samudio, 25 anos, estavam na Delegacia de Homicídios da Barra da Tijuca, na zona oeste, de onde saíram às 12h50 desta quinta. Os dois seguiram em um camburão para o Instituto Médico Legal, no Centro, onde fizeram exame de corpo de delito.

A expectativa é que ainda nesta quinta-feira Bruno e Macarrão sejam levados para a Delegacia de Homicídios de Contagem (MG), responsável pelas investigações do caso. A Justiça do Rio ainda não autorizou o pedido da Polícia Civil mineira. Um avião aguarda decolagem no pátio do aeroporto Santos Dumont, no Centro.

A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária informou que Bruno e Macarrão devem ficar na unidade prisional durante cinco dias. A penitenciária dispõe de celas individuais, separadas do coletivo. Por isso, eles ficarão isolados, com o objetivo de zelar pela integridade física. A unidade tem mais dez presos em celas idênticas, na mesma galeria, de acordo com o tipo de crime cometido. O efetivo geral da unidade é de 950 presos e todos têm o mesmo tratamento, independentemente de estarem em celas coletivas ou individuais.

Bruno, Macarrão e mais cinco pessoas são suspeitas de envolvimento no desaparecimento da jovem, que é ex-amante do atleta. Ela teria sido sequestrada e morta no início de junho na região metropolitana de Belo Horizonte, segundo um primo de Bruno que disse ter presenciado o crime.

Os sete tiveram a prisão temporária decretada nessa quarta-feira, mas alegam inocência. Bruno e Macarrão passaram a noite presos em celas separadas e improvisadas na Delegacia de Homicídios do Rio e devem ser levados para a Delegacia de Homicídios de Contagem (MG), responsável pelas investigações, após autorização judicial.

Advogado sai do caso

O advogado Michel Asseff Filho, que defendia o goleiro, confirmou às 10h25 que deixou o caso. O atleta será defendido a partir de agora pelo advogado mineiro Ércio Quaresma, que já atua na defesa de Macarrão e da ex-mulher do goleiro, Dayanne Rodrigues do Carmo Souza.

Asseff Filho contou que também defende o clube rubro-negro e que cuidava do processo de Bruno porque ele era um patrimônio, um dos jogadores mais caros (recebia cerca de R$ 200 mil por mês e teve contrato suspenso). Segundo ele, houve conflito de interesses e o mais prudente foi encaminhar o caso específico para outro profissional.

- Deixo o caso por um conflito de interesses com o Flamengo. Eu o estava defendendo porque ele era jogador do Flamengo e um dos atletas mais caros do clube. A partir do momento que o clube suspendeu o seu contrato, eu deixo o caso.

O advogado também disse que não entrou com habeas corpus para que Bruno ficasse em liberdade, que o atleta entendeu o motivo da sua saída e que ele estava sendo bem tratado. Asseff voltou a dizer que Bruno respondeu todas as perguntas durante interrogatório nessa quarta-feira (7) e que ficou "surpreso e estarrecido" com as declarações do primo de 17 anos.

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