Pai de Michele Valentim, de 18 anos, diz que ela não tinha envolvimento com tráfico
Do:R7
Do:R7
Arquivo Pessoal
Morta em ação do Bopel, Michele morava no
Dendê com a família
O pai da estudante Michele Valentim, de 18 anos, morta durante operação do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) no morro do Dendê, na Ilha do Governador, na zona norte do Rio de Janeiro, afirmou nesta quinta-feira (24) que sua filha não tinha envolvimento com o tráfico de drogas. Márcio Jesus dos Santos disse que ela voltava de uma festa com amigos quando foi baleada.
— Ela estava voltando de uma festa com o namorado dela e um casal de amigos. Algumas pessoas estão dizendo que ela era mulher de bandido, mas isso é mentira. Estão deturpando a imagem dela.
Michele, que morava no Dendê com a avó, era a única filha de Márcio e tinha acabado de ingressar na faculdade de Pedagogia. Segundo o primo da vítima, Fabiano Oliveira, a comunidade estava cercada no momento do que Michele foi atingida.
— Nós ficamos sabendo que a comunidade estava cercada. Então, não havia necessidade de atirar contra um carro. Nós queremos que a justiça seja feita.
Operação deixa três mortos
Nesta quinta, o Bope realizou uma operação no morro do Dendê e três pessoas foram mortas, Michele Valentim e dois homens suspeitos de tráfico de drogas. Os três foram encaminhados ao Hospital Municipal Paulinho Werneck, também na Ilha, mas morreram.
Durante a ação, os policiais apreenderam duas pistolas calibre 45 e 380, dois carregadores de pistola, 109 trouxinhas de maconha e 274 sacolés de cocaína.
Em outro ponto da comunidade, a polícia prendeu Alex Silva da Costa, de 30 anos. Com ele foi encontrada uma granada defensiva, um rádio transmissor, três baterias e um telefone celular. De acordo com a polícia, o preso era foragido do sistema prisional.
O material apreendido e o preso foram levados para a Delegacia de Bonsucesso (21ª DP).
Nenhum comentário:
Postar um comentário