quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Mais dois corpos são encontrados em área de chacina na Baixada, diz polícia

Uma das vítimas pode ser jovem que está desaparecido desde sábado
Do R7
pai
Policiais civis da Delegacia de Mesquita (53ª DP) seguiam, às 16h, para o Parque Natural de Gericinó, onde dois corpos teriam sido encontrados. A suspeita é de que uma das vítima seria o jovem José Aldecir da Silva Júnior, de 19 anos, que está desaparecido desde sábado (8), logo após a morte de um pastor evengélico nas proximidades.
O rapaz iria se tornar pai em breve. A mulher dele está grávida de uma menina, que deve nascer nos próximos dias.
Segundo o pai da vítima, José Aldedir da Silva, no dia em que ele saiu de casa, havia dito que iria passear com um passarinho, que estava em uma gaiola, e que depois voltaria para casa para se arrumar para trabalhar. Ele era funcionários de uma empresa em Bangu.
— Eu estava em casa  e escutei quando deram os tiros no pastor. Eu sai correndo e perguntei para ele "Alexandre, o que houve?". Ele olhou para mim e colocou a mão no peito. Tinha um buraco. Como os bandidos começaram a atirar de novo, eu corri para chamar os amigos para socorrê-lo, mas quando eu voltei, os caras já tinham jogado ele no rio.
Durante buscas realizadas na região, a polícia encontrou uma gaiola, que seria a que estava com vítima.

Nesta quarta-feira (12), o pai do jovem disse que foi à delegacia para tentar reconhecer as roupas e sapatos encontrados pela polícia na favela, mas que nenhum dos objetos seria do jovem.  José Aldecir da Silva afirmou que já tirou toda a família dele da região da Chatuba e que já pediu ajuda do Programa de Proteção às Testemunhas do Estado.

Desesperado, o pai chegou a fazer buscas na região por conta própria, mas admite que tem medo, porque a área é muito perigosa. À princípio, ele tinha a informação de que o jovem estaria apenas ferido por uma coronhada, mas bandidos da comunidade contaram outra versão para a mulher dele.
— Eu pedi à minha mulher que fosse à favela com uma amiga. Disseram para ela que o meu filho foi enterrado pelo braço direito do Juninho [chefe do tráfico de drogas da Chatuba], o Foca. Eu pedi que ela fosse lá porque eles não fazem covardia com as mulheres. Só com homens.
No entanto, José Aldecir afirma que não vai deixar de procurar o corpo do filho. Ele diz que enquanto a polícia estiver na favela, vai procurar pelo rapaz.

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