quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Justiça obriga Anac a fiscalizar voo livre na rampa da Pedra Bonita, na zona sul

Dois acidentes com morte já foram registrados este ano

Do R7asadelta
Pedra Bonita é um dos principais pontos de voo livre no Rio
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A Justiça determinou nesta quinta-feira (6) que a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) fiscalize e coíba a comercialização de voos livres, duplos ou panorâmicos na rampa da Pedra Bonita, em São Conrado, zona sul do Rio.
De acordo com despacho da 24ª Vara Federal, o esporte põe em risco “não só aqueles que o praticam, como pilotos, acompanhantes ou alunos, mas também as pessoas que circulam todos os dias pela área sobrevoada”.
 A liminar atendeu parcialmente o pedido do MPF (Ministério Público Federal), que irá recorrer da decisão para que as fiscalizações da Anac sejam feitas no máximo a cada sete dias. Além disso, o MPF vai reiterar o pedido para incluir a União, através da Aeronáutica, como ré no processo, por considerá-la também responsável pelo controle do espaço aéreo.
O pedido do Ministério Público para tornar obrigatória a fiscalização se baseou no acidente do último dia 14, quando o instrutor de voo livre Wanderlei Nascimento Coelho, de 35 anos, morreu após bater em um prédio abandonado e cair da asa-delta em que estava. Ele havia partido da rapa da Pedra Bonita.
Em março deste ano, outro acidente do gênero havia sido registrado. A nutricionista Priscila Boliveira morreu após cair de um parapente em São Conrado. As imagens gravadas do acidente por uma pessoa durante o salto foram analisadas pela polícia e mostraram que duas das três travas de segurança do aparelho estavam abertas.
Instrutor de voo Allan Figueiredo foi indiciado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Ele chegou a ter a licença para trabalhar suspensa pela Associação Brasileira de Voo Livre.

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