quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Morta em assalto na Tijuca trabalhou no AfroReggae e contou sua história em vídeo; veja


Ivone Mendonça era viciada em crack, fugiu da cadeia em 2010 e tentou suicídio
  •  
  •  
Do R7
Ivone Fernandes


A assaltante Ivone Fernandes Mendonça, 35 anos, que chefiou a quadrilha de assaltantes durante roubo ao restaurante Brasa Gourmet, na Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro, trabalhou na ONG (Organização Não Governamental) AfroReggae, que atua na área de inclusão social de detentos. Durante o período em que atuou como recepcionista da organização, Ivone gravou um vídeo contando sua trajetória.

Nas imagens, Ivone ou Gaúcha, como era conhecida por ter nascido na região Sul, conta que chegou ao Rio para ir a um show dos Rolling Stones e se envolveu  com “um pessoal de uma favela”. A partir do envolvimento,  Ivone revela que teve uma recaída no vício de crack e participou de um roubo.

O crime ocorreu em 2006 e Ivone acabou baleada em uma troca de tiros com a polícia. Ela foi presa e condenada a 15 anos de reclusão. A partir de 2009, ela ficou em regime semiaberto e  começou a trabalhar no AfroReggae.

O coordenador da ONG, José Júnior, contou em uma rede social na internet que a ex-detenta tentou suicídio.

— Conheci a Ivone no Festival da Canção do presidio Talavera Bruce. Depois que ela ganhou o semiaberto, ela ficou um tempo na Fundação Santa Cabrini e depois na recepção do AfroReggae. Em 2010, ele tentou se suicidar e dias depois sumiu.

Após trabalhar durante um tempo na ONG, Ivone fugiu da cadeia. José Júnior afirmou que Ivone chegou a procurar o AfroReggae no ano passado.

— Ela nos procurou no ano passado, mas dissemos que ela tinha que se entregar. Triste fim! Só que infelizmente essa teve uma chance e não soube aproveitar!
Em outro vídeo, Ivone contou que tinha o sonho de ter uma casa, uma carro e sua filha adolescente por perto.

Ivone frequentava alta roda da sociedade
Segundo informações do Titular da Delegacia da Praça da Bandeira (18ª DP), Orlando Zaccone, Ivone frequentava as rodas da alta sociedade carioca e se relacionada com pessoas ricas.
Ela morreu, juntamente com outros dois comparsas, no tiroteio que se seguiu à chegada de policiais militares ao restaurante na última segunda-feira (13). Durante investigações, a polícia obteve imagem em que Ivone aparece passeando em uma moto aquática.
— Ela não era uma criminosa comum. Frequentava festas e eventos da alta roda.
Ivone havia sido condenada a 13 anos de prisão por roubo com resistência, pois trocou tiros com policiais. Ela foi beneficiada com a progressão de regime, deixou a cadeia, mas não retornou para assinar um termo periódico, como era obrigada.
Assista ao vídeo:

Nenhum comentário:

Postar um comentário