
Segundo informações dos grevistas, 30% do efetivo do Corpo de
Bombeiros e da Polícia Civil ficarão à disposição para casos de emergência
A lei que amplia os benefícios a policiais civis e militares, bombeiros e inspetores de Segurança e Administração Penitenciária do Rio de Janeiro foi publicada nesta sexta-feira noDiário Oficial, sancionada pelo governador Sérgio Cabral.
Segundo informações da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), a medida foi proposta por Cabral e aprimorada em plenários pelos deputados estaduais em votação na quinta-feira. Ainda segundo a Alerj, os profissionais terão antecipados o reajuste que inicialmente seria pago em 48 parcelas.
Após concederem entrevista coletiva nesta manhã, os líderes do movimento grevista saíram em caminhada até o Quartel-General da Polícia Militar para se entregar voluntariamente. O cabo João Carlos Gurgel e o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Rio (Sindpol), Carlos Gadelha, lideraram o ato. Eles foram acompanhados pelo policial civil Francisco Chao e pelo major Hélio de Oliveira, do sindicato de oficiais inativos da PM. Logo depois, Chao anunciou que só ficaram detidos no QG o cabo Gurgel e o major Hélio de Oliveira.
A greve no Rio
Policiais civis, militares e bombeiros do Rio de Janeiro confirmaram, no dia 9 de fevereiro, que entrariam em greve. A opção pela paralisação foi ratificada em assembleia na Cinelândia, no Centro, que reuniu pelo menos 2 mil pessoas.
Policiais civis, militares e bombeiros do Rio de Janeiro confirmaram, no dia 9 de fevereiro, que entrariam em greve. A opção pela paralisação foi ratificada em assembleia na Cinelândia, no Centro, que reuniu pelo menos 2 mil pessoas.
A orientação do movimento é que apenas 30% dos policiais civis fiquem nas ruas durante a greve. Os militares foram orientados a permanecerem junto a suas famílias nos quartéis e não sair para nenhuma ocorrência, o que deve ficar a cargo do Exército e da Força Nacional, que já haviam definido preventivamente a cessão de 14,3 mil homens para atuarem no Rio em caso de greve.
Os bombeiros prometem uma espécie de operação padrão. Garantem que vão atender serviços essenciais à população, especialmente resgates que envolvam vidas em risco, além de incêndios e recolhimento de corpos. Os salva-vidas que trabalham nas praias devem trabalhar sem a farda, segundo o movimento grevista.
Policiais e bombeiros exigem piso salarial de R$ 3,5 mil. Atualmente, o salário base fica em torno de R$ 1,1 mil, fora as gratificações. O movimento grevista quer também a libertação do cabo bombeiro Benevenuto Daciolo, detido administrativamente na noite de quarta-feira e com prisão preventiva decretada, acusado de incitar atos violentos durante a greve de policiais na Bahia.
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