terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Chuva mata 3 e deixa 3 mil desalojados no Estado do Rio

A chuva provocou estragos no município de Petrópolis . Foto: Prefeitura de Petrópolis/Divulgação

Último boletim sobre a chuva que atinge o Estado do Rio de Janeiro, divulgado nesta terça-feira pela Defesa Civil, aponta que chegou a três o número de mortos vítimas da ocorrência. O órgão registrou ainda que 3.108 moradores das regiões afetadas estão desalojados e 707 desabrigados. O número total de deslizamentos chegou a 367 e de casas destruídas, 84.
Só em Laje do Muriaé, na região noroeste do Estado, são duas mortes, 2 mil desalojados e 200 desabrigados. De acordo com o prefeito José Eliezer, a cidade, que tem cerca de 8 mil habitantes, está alagada por causa da cheia do rio Muriaé. "Há dois dias começou a chover muito forte principalmente na cabeceira do rio, no município mineiro de Miraí. Nossa cidade é a primeira que recebe as águas de Minas Gerais e, como o declínio é muito grande, e a água vem entre morros, aqui é onde ela encontra espaço para se expandir, causando todo esse transtorno para a população", afirmou.
Na região serrana, Petrópolis registrou 228 deslizamentos e oito pessoas estão desalojadas; e em Teresópolis foram 30 deslizamentos, 14 casas destruídas e uma ponte interditada. Hoje, o governador Sérgio Cabral visitou a área, e se defendeu das acusações feitas por diversos setores da sociedade, de que os governos municipal e estadual não teriam agido para evitar novas tragédias como a que ocorreu em janeiro de 2011. "A demanda é muito grande. Ainda temos uma gigantesca tarefa pela frente e essa recuperação não se conclui em um ano", disse ele.
Segundo o governador, as medidas da sua gestão já começaram a salvar vidas nesse verão. "O que evitou a morte de pessoas dessa vez foi exatamente o funcionamento de alarmes e treinamentos, foi um ganho muito importante."
Tragédia na região serrana
As fortes chuvas que atingiram a região serrana do Rio de Janeiro nos dias 11 e 12 de janeiro de 2011 provocaram enchentes, deslizamentos de terra e mataram oficialmente 905 pessoas. Mais de 300 foram consideradas desaparecidas. As cidades mais atingidas pelos temporais foram Teresópolis, Nova Friburgo, Petrópolis, Sumidouro e São José do Vale do Rio Preto. De acordo com o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), chuvas com tal intensidade - algumas estações registraram quase 300 mm de precipitação em 24 horas - têm probabilidade de acontecer apenas a cada 350 anos.

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