sexta-feira, 8 de julho de 2011

PMs suspeitos de morte de Juan não farão reconstituição de dia

Corpo foi encontrado na divisa com Belford Roxo e a perícia chegou a dizer que se trataria de uma menina. Foto: Jadson Marques/Futura Press

Edson Pereira, advogado que defende os quatro policiais militares envolvidos na operação que resultou na morte do menino Juan de Moraes, 11 anos, na Favela do Danon, em Nova Iguaçu (RJ), afirmou nesta sexta-feira que seus clientes não participarão da reconstituição do crime se ela for realizada durante o dia.
A alegação do advogado é que os PMs não poderiam participar da reconstituição durante a luz do dia, já que o incidente ocorreu à noite. O delegado titular da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense já foi informado da decisão dos PMs.
A assessoria da Polícia Civil informou que a primeira etapa do trabalho de reconstituição do caso começou oficialmente às 10h57. Os agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) demarcaram os locais por onde as vítimas e os agentes do 20º Batalhão da Polícia Militar (Mesquita) teriam passado na comunidade.
Na etapa inicial, testemunhas também começarão a ser ouvidas, e somente durante a noite é que a reconstituição propriamente dita será feita. Juan, o irmão Wesley e um outro rapaz, Wanderson, foram baleados durante uma troca de tiros entre PMs e suspeitos de tráfico. O corpo de Juan foi encontrado 11 dias depois em um rio na divisa dos municípios de Nova Iguaçu e Belford Roxo.
Durante o trabalho dos policiais, apenas alguns moradores conseguiram passar pelos bloqueios montados nos acessos da Favela do Danon. Dez viaturas da DH da Baixada, Core e 56ª DP (Comendador Soares) prestam auxílio.
Além de autoridades como o corregedor da PM, coronel Ronaldo Menezes, participam da reconstituição as promotoras Julia Jardim, da 1ª Promotoria de Justiça da 4ª Vara Criminal de Nova Iguaçu, e Adriana Medeiros, do núcleo de Duque de Caxias e que atua com as delegacias especializadas como a DH da Biaxada.
Apoio em Copacabana
Em Copacabana, a ONG Rio Pela Paz colocou faixas em apoio a família do menino Juan na areia, altura da Avenida Princesa Isabel. A homenagem ficará no local até o início da tarde desta sexta-feira.
O corpo de Juan foi sepultado no início da noite desta quinta-feira sob forte esquema de segurança e muita emoção no cemitério municipal de Nova Iguaçu. O menino foi colocado no jazigo da família.

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