Policiais que não têm alojamentos ou sede para trabalhar se sentem desmotivados
Container da UPP da ladeira dos Tabajaras, em Copacabana, na
zona sul do Rio de Janeiro, onde policiais usam o banheiro e fazem
trabalhos administrativos
Maior aposta do governo do Rio de Janeiro para acabar com a violência em comunidades dominadas por traficantes ou milicianos, as UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) foram instaladas em oito áreas da capital fluminense, mas, metade delas não tem sede ou alojamento. Os policiais militares que atuam nessas unidades não têm lugar para guardar as armas, trocar de roupa e nem para descansar, já que muitos deles trabalham em turnos de 24 horas, onde quatro horas são reservadas para o descanso. Para ir ao banheiro ou realizar as funções administrativas, os policiais dessas UPPs sem sede têm de se espremer em contêineres.
A reportagem ouviu alguns desses PMs, que se sentem desvalorizados diante da falta de estrutura para trabalhar em um projeto tratado como prioridade pelo governo do Estado. Na UPP que atende as comunidades do Pavão-Pavãozinho e Cantagalo, que ficam entre Copacabana e Ipanema, na zona sul do Rio de Janeiro, um alojamento improvisado está em péssimas condições de estrutura e higiene. No local há vazamentos, armários quebrados e muita sujeira, como mostra o vídeo abaixo.
Enquanto os policiais trabalham em condições insalubres, na mesma comunidade, o governo conclui agora no fim de junho a luxuosa obra de um elevador da estação General Osório do Metrô até o morro. A construção custou R$ 45 milhões – parte deles vindos de empréstimo do governo federal.
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